quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Inteligência Artificial: robôs passam no Teste de Turing dos games


Inteligência Artificial: robôs passam no Teste de Turing dos games
Os personagens são programas de inteligência artificial, que usaram estratégias diferentes para demonstrar um comportamento e ações típicas de um jogador humano. [Imagem: Jacob Schrum]

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27/09/2012
Robôs inteligentes
Dois jogadores virtuais ganharam o desafio BotPrize, convencendo um painel de especialistas de que eles estavam sendo controlados por humanos.
Os dois personagens são programas de inteligência artificial, que usaram estratégias diferentes para demonstrar um comportamento e ações típicas de um jogador humano.
O desafio é diferente do Teste de Turing clássico, que consiste em fazer com que as máquinas demonstrem comportamento inteligente fazendo-se passar por um humano em uma conversa com humanos.
O BotPrize consiste em fazer com que os agentes de software controlem personagens no jogo Unreal Tournament 2004, um jogo de tiro em primeira pessoa.
"A ideia é avaliar nossa capacidade de construir robôs jogadores, que são personagens controlados por algoritmos de inteligência artificial," explica Risto Miikkulainen, professor de ciência da computação na Universidade do Texas.
Isso pode resultar não apenas em jogos melhores, mas também ajudar no desenvolvimento de ambientes virtuais mais realísticos - para treinamento e ensino - assim como para a construção de robôs que interajam com os humanos de forma mais natural.
Arma de julgamento
Os robôs têm que jogar uma partida, competindo entre eles e contra um igual número de personagens controlados por jogadores humanos.
Cada jogador humano, além das armas normais do jogo, possui uma "arma de julgamento", com a qual ele atira nos adversários para marcá-los como humano ou robô.
Esta foi apenas a quinta vez que a competição foi realizada, e dois robôs passaram pelo teste: o UT^2, programado por Miikkulainen, Jacob Schrum e Igor Karpov, e o Mirrorbot, programado pelo romeno Mihai Polceanu, atualmente fazendo doutoramento no Centro Europeu de Realidade Virtual, na França.
Ambos receberam marcações de "adversário humano" em mais da metade das vezes em que foram avaliados - o MirrorBot em 52,2% das vezes e o UT^2 em 51,9%.
Inteligência Artificial: robôs passam no Teste de Turing dos games
Troféu do BotPrize, superado apenas cinco anos depois de ter sido proposto. [Imagem: Peter Reynolds/BotPrize]
Imitando humanos
O Mirrorbot, como seu nome indica - robô espelho - imita o comportamento dos outros jogadores.
Ao se deparar com um adversário, o Mirrorbot observa seu comportamento e, se não se sentir ameaçado, entra em um modo de "interação social", simplesmente copiando as ações do seu companheiro temporário, incluindo movimentos, modos de disparo, seleção das armas, saltos e agachamentos.
O UT^2 também copia o comportamento dos adversários, mas somente em um dos aspectos para o qual os programadores ainda não encontraram solução: como se desviar de obstáculos.
Se para um humano parece óbvio que é necessário desviar de uma parede antes de bater nela, ensinar um robô a fazer o mesmo é uma questão ainda sem solução.
Para os demais comportamentos, o UT^2 usa algoritmos evolutivos, em que cada versão do software seleciona "filhos" que herdaram as estratégias que mais se parecem com as humanas.
Imitar em vez de recriar
O fato de que estratégias aparentemente tão simples tenham sido eficientes levanta algumas questões interessantes sobre a inteligência artificial e as técnicas para fazer com que robôs se mostrem mais sabidos: "imitar a turma" parece ser mais do que suficiente para parecer fazer parte da turma.
De forma bastante interessante, apenas dois dos quatro participantes humanos receberam mais de 50% de marcações de humano - um deles obteve apenas 26,3%.
A conclusão desse sucesso desses robôs, fazendo-se passar por humanos mais do que alguns humanos, é que o pragmatismo venceu as teorias.
Por exemplo, o Neurobot, um programa de inteligência artificial estado da arte, baseado em um modelo da consciência humana, ficou em quarto lugar, longe dos 50% necessários de "humanidade" - ele alcançou apenas 26,1% de eficiência.

TV de bolso virtual leva o programa, e não a TV


TV de bolso virtual leva o programa, mas não a TV
O software da TV social avisa a nuvem da mudança de IP do receptor e também permite que os usuários compartilhem seus próprios conteúdos. [Imagem: NTU]
TV de bolso virtual
Pesquisadores de Cingapura inventaram uma forma que permite que você leve seu programa de TV consigo - sem precisar levar o aparelho de TV junto.
Imagine que você esteja assistindo um programa na TV, mas precisa sair.
É possível deixar o aparelho gravando, mas isso vai exigir tempo extra para assisti-lo quando você voltar. Um tempo que pode estar disponível agora, enquanto você se desloca para a escola ou para o trabalho, no ônibus ou no banco do carona.
Com a TV de bolso virtual, tudo o que você terá que fazer será "puxar" o programa da TV para o seu tablet, notebook ou smartphone, e continuar assistindo normalmente, sem qualquer interrupção.
Você também poderá assistir o programa de TV ou filme, de forma sincronizada com sua família ou amigos, não importando em que parte do mundo cada um de vocês estiver.
E não apenas isso, mas poderá também discutir o programa, pelo meio que preferir, seja vídeo, chat de voz ou de texto.
Mobilidade extrema
A primeira demonstração dessa TV "pegue e leve" foi feita pela equipe do professor Wen Yonggang, da Universidade Tecnológica de Nanyang.
Não se trata de um conceito futurístico: o pesquisador afirma que já foi procurado por "gigantes de telecomunicações" interessados em usar a tecnologia em suas redes de TV a cabo.
A tecnologia de interação humano-computador permite que o programa - seja ele transmitido pela TV comum ou por um canal de TV pela internet - seja transferido de forma imediata entre aparelhos fixos e móveis.
Você pode "pegar" o programa que estiver assistindo na casa de um amigo, assisti-lo enquanto vai para casa e, ao chegar lá, simplesmente "despejá-lo" de volta na sua TV, e continuar assistindo normalmente, sem qualquer interrupção.
TV social
Essa migração entre redes, que permitirá a transição de um aparelho para outro, será possível graças àquilo que os pesquisadores chamam de "nuvem de TV social".
O sistema usa uma nuvem para o processamento e a distribuição dos vídeos, o que permite que ele seja baixado pelo aparelho que for mais conveniente em cada momento.
O software da TV social avisa a nuvem da mudança de IP do receptor e também permite que os usuários compartilhem seus próprios conteúdos - vídeos online e programas de TV - através de redes sociais como o Facebook e Twitter.
"Com o aumento dos vídeos online e dos aparelhos de multimídia pessoais, perdemos a experiência de assistir programas de TV juntos, como uma família ou como uma atividade social com os amigos. Eu espero que, com a minha invenção, as pessoas possam agora voltar a se reconectar uns com os outros socialmente usando os vídeos," disse Wen.
Segundo ele, a tecnologia poderá estar disponível para o público dentro de dois anos.

Tela mecanicamente 3D move o mundo à sua frente


Tela mecanicamente 3D move o mundo à sua frente
Os segmentos movem-se em tempo real para dar um aspecto 3D de verdade. [Imagem: University of Bristol]


3D real
Ela parece estranha e pouco prática a princípio.
Mas o conceito  de uma tela seccionada, cujas partes movem-se verdadeiramente para criar uma sensação 3D, tem potencial para vencer essa primeira impressão negativa.
O grande responsável pelo aspecto desajeitado e "mecânico" são as nove telas de cristal líquido, que são planas e rígidas.
Mas é bom não se esquecer que as telas flexíveis já estão a caminho.
Cada uma das pequenas telas pode se mover de forma totalmente independente, inclinando-se para qualquer lado, assim como movendo-se para cima e baixo, o que permite um ajuste que dá profundidade às imagens que cada segmento está mostrando naquele momento.
Tela mecanicamente 3D
Imagine a cena de um avião, ou de um personagem de um game, voando rente ao solo: durante o voo, cada segmento da tela vai-se ajustando automaticamente para mostrar a proximidade dos objetos ou a distância das paisagens que vão surgindo.
Este é o cenário que melhor demonstra as capacidades da tela inclinável.
Embora o protótipo tenha o tamanho de um tablet, uma tela "mecanicamente 3D" de maiores dimensões poderia dar literalmente uma nova dimensão também para outras aplicações.
"Essas oportunidades incluem o trabalho colaborativo, a modelagem de terrenos, vídeos 3D e games tangíveis. Nós podemos imaginar muitos cenários que poderão se beneficiar da 'fisicalidade' oferecida pelas telas inclináveis," disse Sriram Subramanian, da Universidade de Bristol, no Reino Unido.
Tela mecanicamente 3D move o mundo à sua frente
Concentre-se nas imagens e você poderá ter uma ideia de um uso promissor de uma versão da tela mecanicamente 3D cujas telas não sejam tão separadas. [Imagem: University of Bristol]
"Entretanto, vamos precisar ver se os usuários conseguem se relacionar com as novas experiências e tirar vantagens do uso de tal dispositivo," previne o pesquisador.
Interface gestual
Os testes iniciais mostraram que as telas sensíveis ao toque usadas nos tablets não são a melhor opção para controlar um aparelho com uma tela cujos segmentos ainda são distantes uns dos outros.
A melhor forma de interação e controle desse tablet fisicamente 3D foi encontrada nos gestos, feitos com as mãos logo acima da tela.
  • Interface gestual sem contato usa tecnologia 3D
A tela, que foi desenvolvida em conjunto com pesquisadores da Nokia, estreou ontem durante o evento MobileHCI, em São Francisco, nos Estados Unidos.