quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Realidade aumentada viabiliza trabalho técnico à distância


Realidade aumentada viabiliza trabalho técnico à distância
Tecnologia com a mão na massa
Engenheiros finlandeses criaram um sistema de realidade aumentada  que permite que especialistas transmitam suas instruções pela internet, projetando-as diretamente no equipamento que está sendo usado ou consertado por operadores em outro local.
Um especialista pode ajudar a resolver problemas críticos para os quais o pessoal de operações não está qualificado.
Hoje, o conserto ou a manutenção preventiva de equipamentos industriais e de grandes veículos exige o deslocamento desses técnicos especializados até onde o trabalho deve ser feito.
O inconveniente é que as viagens são caras e o equipamento fica parado até que o técnico chegue.
O sistema de realidade aumentada implementa um novo paradigma de colaboração, estabelecendo a conexão entre o especialista remoto e o pessoal local.
Para passar as orientações e guiar o que deve ser feito, o especialista projeta as instruções diretamente no equipamento usando uma caneta laser.
As instruções projetadas diretamente na área de trabalho podem ser vistas simultaneamente por várias pessoas no local, sem a necessidade de usar óculos especiais ou quaisquer outros dispositivos de visualização.
O sistema foi desenvolvido por uma parceria entre o Centro de Pesquisas Técnicas (VTT) da Finlândia e a empresa aeroespacial italiana Thales Alenia, que criaram uma joint-venture, a Delta Cygni Labs, para comercializar a tecnologia.

Li-fi: transmissão de dados por luz alcança 10 Gbit/s



Li-fi: transmissão de dados por luz alcança 10 Gbit/s
O professor Harald Hass, um dos criadores da técnica Li-Fi, já está se preparando para comercializar a tecnologia.[Imagem: University of Edinburgh]
Transmissão por luz
Poucos meses depois de apresentar sua técnica Li-Fi de transmissão de dados, um grupo de cinco universidades britânicas mostrou que a tecnologia é prática o suficiente para entrar na agenda das tecnologias emergentes - e ir para o mercado.
O termo Li-Fi é uma referência às redes Wi-Fi atuais, onde o Wi de wireless (sem fios) é substituído pelo Li de Light (luz) - Li-Fi seria, assim, uma sigla para light fidelity.
A técnica consiste em utilizar um aparelho, chamado modulador, para fazer com que os LEDs pisquem rapidamente, transformando seus estados ligado e desligado em 0s e 1s.
Ou seja, trata-se de uma transmissão de dados sem fios por luz.
A equipe agora demonstrou velocidades de transmissão de 3,5 gigabits por segundo (Gbit/s) em cada uma das cores primárias dos LEDs (vermelho, verde e azul).
Isto significa que pode-se atingir 10 Gbit/s usando a iluminação por LEDs brancos em um ambiente.
A chave da tecnologia são microLEDs desenvolvidos pela equipe do professor Martin Dawson, da Universidade de Strathclyde.
Uma técnica chamada OFDM (Orthogonal Frequency Divisional Multiplexing, multiplexação ortogonal por divisão de frequência) permite que os microLEDs alterem a intensidade de sua luz vários milhões de vezes por segundo, onde cada variação representa o 0 ou o 1 de um bit.
A transmissão de dados por luz é altamente promissora porque o espectro eletromagnético coberto pela luz visível é 10.000 vezes maior do que o espectro de rádio, permitindo uma largura de banda praticamente ilimitada para os padrões atuais.
Os pesquisadores já estão criando uma empresa para comercializar a tecnologia.

Nova tecnologia holográfica criada com metamateriais





Nova tecnologia holográfica criada com nanoantenas 













Hologramas de metamateriais
Os metamateriais, aqueles usados nos mantos de invisibilidade, estão na base de uma nova tecnologia holográfica que acaba de ser criada.
Xingjie Ni e seus colegas da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, usaram os metamateriais para criar uma "metassuperfície" capaz de controlar a luz de forma ultra-eficiente.
Os hologramas gerados não são grandes o suficientes para criar um cinema 3D verdadeiro, mas o potencial da nova tecnologia pode ser visto no fato de que são as metassuperfícies que estão colocando a luz dentro dos processadores de computador.
Essas folhas ultrafinas e suas nanoantenas estão criando um novo ramo da tecnologia, que está sendo chamado de "fotônica planar". Elas permitem criar, entre muitas outras possibilidades, chaves ópticas - ou transistores - pequenas o suficiente para serem integradas no interior dos chips.
Revolução nos pixels
A metassuperfície é composta por milhares de nanoantenas em forma de V formadas sobre uma folha de ouro ultrafina.
Quando a luz de um laser é disparada sobre as nanoantenas, os hologramas são criados pairando 10 micrômetros acima da metassuperfície.
Para demonstrar a tecnologia, a equipe criou um holograma da palavra "Purdue" - o nome da universidade - de cerca de 100 micrômetros de largura, mais ou menos a espessura de um fio de cabelo humano, flutuando logo acima do metamaterial.
"Se pudermos manipular os caracteres, poderemos moldar diferentes tipos de feixes de luz para leitura ou gravação, ou, por exemplo, formar pixels para monitores 3-D. Outra aplicação potencial é a transmissão e processamento de dados dentro dos chips," disse Alexander Kildishev, membro da equipe.
Nova tecnologia holográfica criada com metamateriais
As nanoantenas estão permitindo a criação de metamateriais ativos. [Imagem: Birck Nanotechnology Center/Purdue University]
Assim, os hologramas gerados por metassuperfícies poderão de fato mudar a forma como são construídas as telas de TV e computadores, mas fazendo uma revolução de baixo para cima, a partir de seus pixels individuais.
"Os menores detalhes - os traços das letras - exibidos em nosso experimento têm apenas 1 micrômetro de largura, o que é uma resolução espacial notável," completou Kildishev.
Metamateriais nanoestruturados
Usar fótons em vez de elétrons pode acelerar drasticamente os computadores e as telecomunicações.
Contudo, os dispositivos fotônicos convencionais não podem ser miniaturizados porque o comprimento de onda da luz é grande demais para caber nos pequenos componentes no interior dos circuitos integrados - basta lembrar que os transistores atuais estão na faixa dos 20 nanômetros, enquanto o comprimento de onda da luz visível tem ao redor de 700 nanômetros.
Os metamateriais nanoestruturados, contudo, permitem reduzir o comprimento de onda da luz, viabilizando a criação de componentes fotônicos em nanoescala - ou nanofotônicos.
"O mais importante é que podemos fazer isso com uma camada muito fina, de apenas 30 nanômetros, algo sem precedentes. Isso significa que você pode começar a incorporá-los em circuitos eletrônicos, para casar com a eletrônica," disse o professor Vladimir Shalaev, um dos pioneiros no campo das nanoantenas.